07/01/2017

Panasonic Lumix GH5: isso muda tudo! (parte 5)

O desajeitado e gigantesco acessório DMW-YAGH, já descontinuado, acrescentava algumas funcionalidades e diversas saídas e entradas ao corpo da GH4, embora ao custo de quase ser maior que a câmera.
Fonte: https://www.bhphotovideo.com/images/images2500x2500/panasonic_lumix_dmc_gh4_mirrorless_micro_1028548.jpg

Para o lançamento da GH5 a PANASONIC reservou algumas surpresas. Existem ainda os gadgets opcionais , mas eles estão mais baratos e destinados ao que um acessório precisa ser: facilitador da vida do cinegrafista. O áudio ganhou um adaptador dedicado com entradas e controles profissionais, conectores XLR e controles de ganho.  Funciona acoplado a sapata do flash. Na parte superior deste é oferecida uma sapata de flash adicional. Outro assessório, que já era oferecido para a GH4 e GH3,  é o tradicional grip com capacidade para duas baterias. Estando os dois acoplados na câmera, seu peso e volume são menores que o tijolão anterior. O preço também ficou bem mais leve. Cerca de US$ 350 para o adaptador de áudio e US$ 280 pelo grip de baterias.

Em se tratando de funcionalidades, a GH5 conta agora - e pela primeira vez em uma DSLR - com captação de vídeo
no formato DCI sem crop @ 4K com boa compressão 4:2:2 10-Bit em 4K até trinta frames por segundo. Outras funções melhoradas ou incorporadas em relação ao modelo anterior são:

  • Novo sensor de 20.3MP Digital Live MOS sem filtro lowpass e um novo processador de imagens Venus Engine que, segundo a fabricante, produz a melhor imagem em uma câmera Lumix até o momento, melhorando a nitidez e os detalhes em diversas condições de iluminação e reduzindo o ruído. A sensibilidade máxima continua a mesma: ISO 25600. Vamos esperar para ver se o novo sensor consegue aproveitar toda essa sensibilidade na pratica, fornecendo imagens sem tanto ruído.
  • Reforçando seu nicho de mercado na área de DSLR vídeo, a Panasonic melhorou o que já era bom. Agora o formato UHD 4K posse captado em até 60 fps facilitando a vida de quem usa e quer slowmotion perfeito. Junto com a captação em compressão 4:2:2 @a 10 bits que vai até a resolução DCI (se você não conhece esse formato acompanhe meu próximo post aqui no blog) em 24 ou 30 frames por segundo.
  • Finalmente ficaremos livres dos micro e minis conectores HDMI: a GH5 usa saída HDMI padrão, com saída de vídeo limpa, timecode integrado e com a mesma qualidade da gravação interna.
  • As taxas de gravação de dados também aumentaram, prometendo imagens com mais detalhes e livres de artefatos de compressão. São impressionantes 400Mbps em DCI 4K @ 23.98 fps 4:2:2 gravados internamente nos novos slots para cartão de memória UHS-II U3. Se for utilizado o formato DCI 4K @ 48 fps em 8 bits 4:2:0 a taxa será de 150Mbps. Para o formato UHD 4K em 24, 25 e 30 fps, a GH5 oferece gravação ALL-Intra MJPEG a 400Kbps simultaneamente no cartão e na saída HDMI em 10 bits. Para o formato Full HD os felizes proprietários poderão captar imagens em impressionantes 180 fps internamente. O dobro de sua antecessora. Para gravações em 59,94/29,97/23,98 fps as imagens podem ser gravadas internamente em 4:2:2 10 bits até a taxa de 200 Mbps. Me acordem que estou sonhando!
  • Há ainda um modo chamado 6K Photo que é basicamente um vídeo 6K no formato 4:3 de onde são retirados frames com 18 MP. Boa novidade para quem gosta de captar cenas de ação.
  • Para completar o sonho a GH5 oferece ainda o modo anamórfico de captura, para uso das lentes homônimas, espremendo a imagem no formato 4:3  em 3328x2496 pixels. Também em 10 bits 4:2:2 400Mbps ALL-Intra em 24,25 e 30P.
  • A Panasonic segue no conceito de sistema expansível onde serão oferecidos opcionalmente novas funcionalidades. Caso do upgrade para V-Log L Estão presentes os modos CINELIKE V e CINELIKE D e LUT interno para facilitar a visualização de cor e contraste finais durante a captura, já que os formatos de gravação avançada tem saturação, contraste e detalhes diferentes da imagem final, que será obtida na gradação de pós-produção.
  • Entre as demais miçangas temos gravação em 4K sem crop de sensor, 12fps de burst rate, sistema de 5 eixos interno de estabilização de imagem – que vai facilitar a vida de quem usa lentes mecânicas sem AF – que combinado com lentes AF promentem, segundo a fabricante, um ganho de até 5 f stops em imagens sem tremor.
  • Estão presentes dois slots para cartão UHS-II SD, Conectividade Wi-Fi e Bluetooh e os visores ocular e LCD contam coma tecnologia OLED e mais definição.

Tudo isso posto, trata-se de um farto banquete onde os felizes primeiros proprietários da LUMIX GH5 vão se deparar com um equipamento que incorpora anos de desejos e pedidos aos fabricantes. Coisas complexas e outras simples, mas que facilitarão demais a vida do profissional de vídeo. E levarão a captura de filmes em DSLR a um novo patamar.

Entendam agora porque eu comecei esse post sobre as primeiras informações da GH5 com tão longa introdução. Tem sido dito por alguns gurus do mercado de fotografia que o formato DSLR Full Frame talvez tenha chegado no ponto de saturação e estagnação. Mais megapixels não são necessários. Inclusive se chegou a um patamar onde o foco e a estabilização de imagem estão além do olho e da mão do fotografo. Imagens com tanta definição que não perdoam erros de focagem e trepidações micrométricas.

Ao contrário, os formatos de câmeras compactas destinadas ao uso profissional, como o Micro 4/3 e o APS-C tem recebido bastante atenção de fotógrafos, cinegrafistas, fabricantes de lentes e acessórios. E logicamente com o entusiasmo dos fabricantes que vêm nesse nicho vários anos ainda de aperfeiçoamentos e inovações. Então vale a pena ficar antenado no mercado, acompanhar as tendências e dar uma meia trava no freio dos investimentos em lentes e equipamentos Full Frame. A não ser, é claro, que sua especialidade seja a fotografia pura. Nessa seara, as boas e confiáveis Canon e Nikon top de linha continuam sentadas no trono com tranquilidade. Afinal, como disse no princípio é tudo uma questão de especialização e segmentação do mercado.

Sempre é bom repetir: não existe a melhor câmera do mundo. Existe sim o trabalho mais adequado a um tipo de câmera. O resto (o todo) é a criatividade e capacidade do profissional e artista das imagens! Grande abraço! 

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Marcelo Ruiz

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