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Sony Venice: por US$ 35 mil dólares o comprador recebe apenas isso. O corpo. fopnte da imagem: site da Sony Broadcast/USA. |
De qualquer maneira, fora a possibilidade de captação em 6K e um novo sensor fullframe com resolução máxima de 6048 x 4032 e diversos modos de tamanho de frame, o restante é o normal para um tipo de equipamento desses. O preço anunciado se alinha ao da F55 em cerca de US$ 35 mil dólares. Mas nesse tipo de câmera, deve ser levado em conta todo o ecosistema necessário para que ela seja utilizável. Esse tipo de equipamento vem sem nenhum acessório a que estamos acostumados a receber nos modelos mais baratos, como as handycam da marca.
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Para ser usável, ao corpo da Venice ou outras como a F55 diversos acessórios tem que ser comprados ou alugados separadamente. |
Acessórios básicos
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Qt
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Vlr
unit US$
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US$
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R$
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Jogo lentes PL SCLPK6/F
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1
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17795,00
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17795,00
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Viewfinder OLED DVFEL100
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1
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5800,00
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5800,00
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Bateria 75w BPFL75
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2
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620,00
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1240,00
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Carregador
baterias BCL90
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1
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985,00
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985,00
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Suporte ombro VCTFSA5
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1
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1050,00
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1050,00
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Cartão memória AXSA1TS48
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2
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4950,00
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9900,00
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Gravador
Externo 4K AXSR7
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1
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7760,00
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7760.00
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Monitor ref.
7”DVFL700
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1
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5000,00
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5000,00
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Totais
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43960,00
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140.672,00
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Somados os valores dos acessórios e da câmera em si (US$35.000,00) chegamos a um valor total de US$ 79 mil dólares. Sem contar cabos e outros acessórios mais baratos. Isso representa em Reais um valor aproximado de R$ 250 mil reais! Sem contar as despesas com frete e impostos. Mesmo com a recente medida de desoneração alfandegária para produtos desse tipo, os revendedores oficiais no Brasil terão que colocar pelo menos o ICMS e outros tributos municipais. E essa aquisição pode passar da barreira dos R$ 300 mil reais.
Sem dúvida, apesar de ser um equipamento de altíssima qualidade de imagem e muitos recursos, torna-se um sonho incansável para a realidade da maioria das produtoras brasileiras, de pequeno e médio porte. Essa inviabilidade se traduz, mesmo com as isenções tributárias anunciadas recentemente, para produtos de tecnologia que não sejam fabricados no Brasil, pela disparidade entre o poder de compra do Real perante outras moedas estrangeiras. E pela realidade dos preços infames (quase prostituídos), com que os contratantes de materiais audiovisuais querem nos remunerar, fica difícil investir em equipamentos desse porte.
Aliás pra terminar esse artigo, vou bater na mesma tecla: o mercado de video produção no Brasil só vai crescer quando separarmos as funções. Produtora produz. Com pequena parte de equipamentos próprios e o restante locado. Como nos EUA e na Europa, precisamos criar aqui o mercado das rental houses, empresas auxiliares às produtoras que trabalham apenas locando ou mesmo vendendo equipamentos novos e usados. Aí sim, elas podem investir pesado na compra de câmeras e lentes caras, pois elas terão saída diária locadas pelas produtoras. Equipamento de vídeo, fora lentes e iluminação, tem tempo de vida útil, não apenas pelo desgaste, mas pela obsolescência.
Grande abraço!
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Marcelo Ruiz
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