Os amigos sempre antenados do Blog Video Guru noticiam a bomba da semana. Clique aqui e leia a íntegra do post no blog dos parceiros. Em resumo, a decisão da Adobe foi de a partir da Suíte CS6, que foi a última vendida na forma de um produto box físico, somente comercializar versões que serão online, ou na nuvem. Não haverá, portanto uma Suite CS7, a nova versão da atual CS6, que será lançada em junho, terá as iniciais CC no nome. Portanto um Adobe Premiere CC, Photoshop CC e assim por diante.
Para usar os aplicativos, o cliente terá que comprar uma licença mensal ou anual com fidelidade e preço mais em conta. Para o Brasil, isso significará um gasto de cerca de
R$ 1.200,00/ano para ter direito a usar todos os programas e atualizações automáticas da Creative Cloud. Em minha opinião, pode ser um grande tiro no pé. O valor, para o
mundo dolarizado, é barato e não vai assustar a todos os usuários. Mas para mercados emergentes, como
o Brasil, onde o dólar vale o dobro do real, a medida vai ser bastante
impopular e restritiva.
A realidade do mercado brasileiro é bastante diversa da
de outros países desenvolvidos. Na verdade estamos passando uma profunda crise
de valores, identidade e financeira no nosso segmento. A maioria das pequenas
produtoras, que são milhares espalhadas no interior do Brasil e mesmo em
capitais e cidades mais populosas, faz do casamento ao programa local de
variedades para a repetidora ou coligada local. Usam equipamentos baratos,
muitas vezes amadores. Não há dinheiro para investir em nada que tenha custo
unitário médio acima de R$ 3.000,00. Muitas dessas produtoras aindam usam
softwares como o Pinnacle Studio ou Vegas. A principal alegação é o preço e em
seguida a facilidade de uso.
Os que se aventuram pelo Premiere, muitas
vezes ainda usam versões com mais de 4 anos, como o o CS3 ou 4. E muitos usam
as versões irregulares. Vejo pelo meu blog, o nível de dificuldade que esses
pequenos produtores tem quanto a configuração de máquinas e uso da Suite Adobe.
Por outro lado, as grandes produtoras estão divididas entre a AVID, a Apple e a
Adobe em menor presença. Sendo assim, acho que os concorrentes da Adobe vão
aproveitar para se firma no vácuo que ser;a deixado. Como vocês bem salientaram
no artigo, existem muitos usuários que não querem e nem precisam trocar de
versão todo ano.
Em experiência montando
workstations PC para EDL, acho que equipamento para edição não deve estar
conectado a redes externas ou internet. Funcionam muito melhor como sistemas
fechados. Leva-se muitos dias para afinar um conjunto sistema operacional/softwares
e eu temo que atualizações constantes ou mesmo um erro como a recente liberação
de uma atualização de segurança da Microsoft, que nocauteou milhares de
máquinas no Brasil possam ocorrer com o cloud da Adobe. Imagine uma atualização
automática e obrigatória (validação mensal) liberada acidentalmente com erro? E
nossas ilhas travadas ou irremediavelmente nocauteadas a ponto de necessitar
uma instalação do zero, justamente no dia da entrega de um job crítico? Quero
nem pensar.
Grande abraço ao amigos do Video Gurú e a meus leitores. Não deixem de ler a matéria na integra no site parceiro.
Marcelo Ruiz