Bateria Panasonic vendida no mercado paralelo desmontada mostrando as células internas. Foto Marcelo Ruiz |
Depois de ler isso você nunca mais vai ser pego de surpresa por suas baterias ou se enganado na compra de novas!
Um dia você pega aquela bateria que estava na carga, com o
carregador indicando que ela estava completa. Coloca no equipamento e parte
para mais um dia de trabalho (ou noite...). Lógico que você é precavido e levou
mais de uma. Prepara seu equipamento, conversa com o cliente acertando os
detalhes de última hora e liga a câmera. O painel mostra que a bateria está
cheia. Tudo vai dar certo no evento.
Só que quinze minutos depois a câmera avisa que a bateria só
tem meia carga. Mais dez minutos a câmera desliga do nada. Mas a bateria ainda
estava pela metade... pensa você.
Rapidamente pega a reserva no bolso e continua o trabalho. Vamos parar
por aqui. Não vou aterrorizar com o pior pesadelo. A outra também não
funcionar. Digamos que, nesse job, tudo deu certo.
Chegando na empresa ou em casa, você coloca as baterias para
carregar. No dia seguinte parece tudo ok com elas. Carregador dando luz verde.
Ou não... muitas baterias, afinal de contas, nunca carregam completamente,
mesmo ficando além do tempo na carga. Mas quando colocadas na câmera indicam
carga total. E você nem pensa muito a respeito.
Um caso real (entre
milhares que acontecem diariamente)
Gosto muito de associar a teoria ao exemplo prático. E o que
vou explicar a seguir, inclusive as fotos, aconteceram comigo tempos atrás. No
meu caso foi diferente. A câmera Panasonic, do nada, se recusou a funcionar
desligando dez segundos após iniciar, dando antes a informação: “Essa bateria
não pode ser utilizada”. A bateria era
seminova e estava carregada, parecia original (descobri depois que não era) e nunca havia dado problema.
Substituo a bateria e a coloco para carregar para ver se era
algum defeito na carga anterior. Para minha surpresa o carregador começou a
piscar a luz vermelha de carga em andamento. Era para ficar acessa direto e
passar a verde no final. Depois de horas na carga (quase o dobro do indicado)
nova tentativa. E o mesmo problema. Medi a tensão e o voltímetro indicava 8,14
volts. Não era o ideal (8,2V) mas ela estava longe do ponto de ser considerada
descarregada. Essa tensão para todas as baterias de filmadoras e DSLR’s é de
cerca de 6 volts. E mais a frente você vai entender porque.
Se a bateria tinha carga suficiente, porque a câmera acusava
erro? E por quê, mesmo depois de carregada, não atingia os 8,4 volts regulamentares?
Na verdade eu já sabia do problema porque estava estudando o assunto. Mas
precisava a comprovação. Então...chave de fenda, canivete e um alicate entraram
em ação. Desmantelei a bateria para testar as células. Células? Sim. Toda
bateria é composta por células.
Todas. Das baterias de chumbo-ácido de automóveis, as
baterias de níquel-cádmio, dos primeiros telefones celulares e filmadoras,
passando lemas de níquel-metal-hidreto a atual tecnologia de lítio – Li-on
(íons de lítio), Li-po (polímero de lítio) usadas em drones e aeromodelos por
sua alta capacidade de descarga.
Cada célula tem uma voltagem menor que a capacidade total da
bateria. Por isso, no caso da tecnologia de lítio, as baterias tem 3,7, 7,4 ,
12,6, 11,1 e 14,8 volts respectivamente como capacidade nominal. Todas as
tensões são múltiplos de 3,7V – a capacidade nominal de uma célula de lítio.
Capacidade nominal é a capacidade de uma célula ou bateria parcialmente
carregada (80%). Assim, uma bateria de lítio terá uma tensão de operação entre
3,0 e 4,2 volts.
No caso do lítio a tensão mínima de manutenção varia de 2,5
a 3,0 volts e nunca deve ser descarregada abaixo desses valores. Aqui você já
aprende uma regra básica: nunca descarregar uma bateria de lítio abaixo da
tensão mínima especificada pelo fabricante (no pior caso, 2,5V) pois ela vai
ficar danificada permanentemente. É que abaixo dessa voltagem a polaridade da
carga do lítio se reverte e os elétrons não trafegam mais de um polo a outro.
Isso nos leva ao segundo problema – e solução controversa –
das baterias de lítio, principalmente as falsificadas ou demarcas não idôneas:
a gestão da carga e descarga. Toda bateria de lítio deve ter um BMS (Battery
Managment System). Trata-se de uma placa de circuito que interliga as células aos
bornes de carga e descarga da bateria. Há uma certa controvérsia entre
montadores de baterias, principalmente as de grande porte para bicicletas
elétricas e outros dispositivos de alto consumo, se deve serem usadas dentro da
bateria ou se é melhor deixar o carregador cuidar disso.
Para a carga tudo bem. Os carregadores especializados
controlam a tensão (voltagem), a carga (amperagem) e o tempo, para respeitar as
especificações dos fabricantes. Mas para a descarga, ou seja, o uso pelo
consumidor final leigo, é perigoso, pois se o equipamento não fizer o
monitoramento e desligar-se ao receber a informação de que a bateria está
chegando no limite mínimo de tensão, esta se descarregaria até zero volts e
estaria irremediavelmente danificada.
Então ter BMS é bom ou não? Depende do uso e de quem usa. A
maioria dos problemas de mal funcionamento das baterias de lítio são causados
por BMS’s defeituosos ou mal projetados. Se eles queimam, a bateria morre.
Outro problema é que o BMS também vai desativar a bateria (medida de segurança)
se perceber que uma célula está apresentando problemas. E aí todo o conjunto
para de funcionar.
Quem não precisou trocar a bateria do notebook, celular,
tablet, câmera ou filmadora porque a mesma não estava aguentando carga, durando
pouco ou simplesmente parado de carregar? No caso de celulares e alguns
notebooks, muitas vezes optamos por trocar o aparelho inteiro por conta do
custo de reposição da bateria. Sinto muito dizer mas você foi enrolado na
maioria das vezes. E perdeu dinheiro. Explico: se alguém abrir uma bateria de
notebook, filmadora ou celular que não esteja mais sendo aceita pelo aparelho
ou carregador, vai perceber que as células (todas ou quase todas) estão boas e
durariam mais alguns anos. Aliás em locais onde o lixo eletrônico é abundante,
como nos EUA, a garotada está recolhendo essas baterias, retirando as células
boas e construindo baterias grandes para bicicletas elétricas. Bacana!
Pois é... aqui você aprende a segunda coisa sobre baterias
de lítio: o barato sai caro! E é perigoso. Os chineses também sabem disso e
como lá são fabricadas não só grande parte das baterias de lítio de boas marcas
(existem poucas no mundo) e mais celulares, notebooks e demais equipamentos que
usam essas baterias, a quantidade de refugo é imensa, desde o lixo doméstico,
passando pelas células que são descartadas por defeito nas linhas de produção
de baterias.
A Índia e vários países da África são polos mundiais (infelizmente para a população
miserável e explorada que vive disso) de recebimento e triagem de lixo
eletrônico. Tudo que jogamos fora nessa área, acaba parando lá. São lixões como
vemos aqui, só que em vez de material orgânico, os catadores perambulam nas
montanhas de carcaças de aparelhos para retirarem metais nobres e baterias.
Sendo que esse processo é feito de forma precária e usando mão-de-obra infantil, além de poluir o meio
ambiente, ainda os expõe a contaminação por metais pesados e queima de
plásticos.
As baterias recuperadas de aparelhos são então enviadas à
China onde são retiradas da capa plástica original e recebem outra capa com
nomes como Trustfire (que ironia...fogo confiável em inglês), Ultrafire e
outros nomes sugestivos. E são vendidas em sites como Mercado Livre,
AlliExpress, E-Bay mundo a fora. E em bancas de camelôs e lojas não muito
idôneas. O que é mais ridículo é que há uma espécie de brincadeiras entre esses
piratas para ver que mente mais e sacaneia mais os futuros compradores.
Hoje vemos nos sites de compra baterias Li-on com rótulos
chamativos e alegando capacidade de carga de até 8.800mA/h! E tem muita gente
que cai nisso. Então vai a terceira dica: não existe bateria de lítio com mais
de 2800mA/h. Nem a Tesla, maior empresa de tecnologia em baterias de lítio e
carros elétricos do mundo, fabrica ainda baterias com maior capacidade que
esta.
Piada de mau gosto e fraude: Hoje (em abril de 2017) a capacidade máxima de uma bateria 18650 não chega a 3500mAh. |
Parece que estou fugindo do assunto principal mas esse
adendo sobre células de lítio servem para continuar nosso assunto principal. É
que praticamente todas as baterias de filmadoras e câmeras DSLR de maior porte
usam essas células (chamadas 18650) em diversas quantidades e configurações.
Esse modelo de bateria de lítio é tão versátil que esta em qualquer aparelho
que use bateria. De lanternas de Led até carros elétricos. Sim. Carros! Não
pense que o famoso Prius da Toyota use baterias de foguetes... na verdade as enormes
baterias que ocupam todo o fundo do chassis nada mais são que milhares de
células 18650 montadas juntas e interligadas! Só não são piratas e nem segunda
linha...
E as baterias que
usamos em nossas filmadoras e câmeras DSLR são montadas com elas. Agora você
entende o porquê da diferença de preços! Se quiser ver o que uma bateria falsa
tem dentro clique aqui para ler esse outro artigo que postei!
Existe um outro tipo de bateria de lítio, usada em celulares
e câmeras compactas que são quadradas e mais finas. Mas as regras de carga,
descarga, voltagens mínima e máxima são idênticas. Entende agora porque todas as filmadoras
portáteis e câmeras DSLR usam baterias marcadas com a voltagem de 7,4V? Porque
na verdade tratam-se de duas células em série cada uma com 3,7 volts.
Podem ser também quatro células, duas séries ligadas em
paralelo para aumentar a carga disponível. E aí está nosso problema principal.
Quando ligamos duas baterias em série (positivo de uma
bateria ligado ao negativo da outra) somamos as voltagens e mantemos a carga.
Se a ligação for em paralelo (todos os polos negativos e os positivos ligados
uns aos outro) mantemos a voltagem de uma célula individual mas multiplicamos a
corrente disponível em amperes. Para termos maior tensão (voltagem) e corrente
(amperagem) usamos os dois tipos de ligação na mesma bateria (conjunto de
células).
Mas aí começam os problemas. Nas ligações em série, se uma
bateria no meio do circuito falhar comprometerá as outras ligadas a ela. É que
toda bateria (ou célula) varia a sua resistência elétrica com a variação da
voltagem e da carga. Então uma bateria descarregada terá menos resistência que
uma bateria totalmente carregada. Fica fácil de entender que se uma célula
ligada em um conjunto delas em série não conseguir se carregar ou se entrar em
curto, as anteriores e posteriores nessa série sofrerão com um aumento de carga
ou diminuição da voltagem. Assim toda a bateria fica comprometida. Com as
células ruins estragando as boas.
Isso é fácil de perceber. Basta carregar a bateria e
aguardar um dia ou dois. Se a voltagem cair, sem a bateria ser usada, mais que
0,2V (dois décimos de volt) a bateria está com alguma célula danificada. Essa
bateria também vai aquecer mais que o normal ao ser carregada ou descarregada
(uso no aparelho). A tensão total (em
volts) não varia muito porque as células boas tendem a ficar com mais voltagem,
mas a capacidade em amperes/hora vai sofrer bastante.
Agora você já poderá entender na teoria o exemplo prático a
seguir! Vamos a ele.
Bateria paralela que veio com câmera usada que comprei de
terceiros. Composta por duas células prismáticas de íons de lítio com
3,7V/900mA/h cada ligadas em série. A placa de circuito controladora de carga
deu defeito, causado por uma das células que está em curto. A foto abaixo mostra a voltagens das células (b1 e b2) antes e após carga total. Notem que deveriam
estar iguais, mas uma tem mais voltagem que a outra. A diferença é pequena, mas
no caso de baterias de lítio significa problema sério. As duas deveriam ter
4,2V cada uma e tensão total de 8,42V após a carga completa.
Depois de desmontada usei um carregador/balanceador para tentar recarregar as células retiradas da bateria e sem a placa de proteção e controle, que havia queimado. |
Após meia hora de carga (menos que o tempo correto) o
carregador informou que a carga estava completa. Mas a bateria estava com
apenas 8,13V. Lembrando que, para o carregador, carga completa significa apenas que ele não consegue mais enviar corrente a bateria até uma voltagem máxima, que pode ou não ser atingida.
Medindo as voltagens individuais das células, após deixar a
bateria descansar por uma hora, a tensão da célula B2 era de 4.12V e B1 estava com 3,93V (0,29V de diferença). O carregador/balanceador interrompeu a carga quando a tensão total chegou a 8,13V porque detectou que a célula B1 não estava aceitando a mesma carga que B2. Durante o processo de
carga, ele já estava emitindo uma avisos sonoros e visual indicando que havia problemas em uma das
células e mostrando qual era.
Essa é a função dele. Infelizmente os
carregadores de câmeras e filmadoras não tem as mesmas funções. E não
carregam as células individualmente. Por isso as baterias duram pouco.
Fácil de constatar: basta ver a voltagem impressa no carregador (na etiqueta de identificação) onde, geralmente está especificado 8,4V @ 800mAh, ou seja, faz a carga pelo tensão total da bateria
e não pela voltagem individual máxima de uma célula (4,2V)
A explicação para isso é simples. Uma carga rápida e...
falta de “vontade” de que a bateria dure muito. Assim, podem nos vender mais
baterias. Por falta de conhecimento ou tecnologia não é pois os engenheiros
sabem mais dessas coisas do que todos nós, mesmo os mais interessados no
assunto como eu.
A célula boa, quando separada da defeituosa conseguiu ser carregada
normalmente e atingir os 4,2V regulamentares e ainda poderá ser usada em outras
aplicações por muito tempo. O carregador utilizado agora foi um "meio burrinho" que não interrompe o carregamento qunado encontra uma bateria com carga ou estado anormal. Ele também não carrega mais de uma célula ou bateria por vez. Essa célula provavelmente já esta comprometida pela falha da outra e do BMC, mas poderá ser usada com segurança em experimentos e aplicações controladas. Apesar de estar marcado na bateria que a mesma tinha capacidade de 900mAh, esse célula totalmente carregada não fornece mais que 600mAh. Fato comum em toda bateria paralela.
Então resumindo:
1 – Não compre baterias piratas ou de marcas duvidosas. Você
além de perder dinheiro, arriscar sua segurança e a vida útil do seu
equipamento ainda estará contribuindo com o comércio injusto e danoso do
aproveitamento de lixo de baterias.
2 – Procure usar as baterias de maior capacidade originais
que encontrar para seus equipamentos. Todas as baterias de lítio, não
importando a capacidade, tem a mesma vida útil, que é medida em número (ciclos)
de carga e descarga. São cerca de 500 ciclos em carregadores padrão (fornecidos
com o aparelho) mas poderiam chegar a 1500 ciclos se pudessem ser recarregadas
em carregadores especializados. Portanto uma bateria de menor capacidade vai
exigir um maior numero de cargas e vai durar menos. E o preço não varia na
proporção da capacidade., pois existem vários componentes comuns na de grande
capacidade ou na de menor capacidade.
3 – Procure usar apenas uma bateria para alimentar vários
equipamentos usando distribuidores de energia. Assim você terá menos baterias
diferentes, de capacidades variáveis para comprar, carregar e substituir.
4 – Se uma bateria começar a aquecer demais ou perder carga
fora do esperado certamente está com problemas e poderá causar incêndios ao ser
usada ou carregada. Nunca deixe uma bateria, mesmo boa e de marca confiável
carregando sozinha. Geralmente fazemos isso! E baterias de lítio são
especialmente suscetíveis a curtos ou incêndios se houver um problema nelas ou
no carregador. Deixe para carrega-las quando estiver por perto. Se precisar se
ausentar desligue o carregador e retire a bateria.
5 - Alguns tipos de bateria de lítio prismáticas (modelos
retangulares e quadrados) geralmente usados e celulares e câmeras amadoras costumam estufar e aumentar de tamanho quando
entram em curto ou no final da vida útil. Se o aparelho não tem espaço interno
para comportar essa expansão vai acabar tendo componentes internos e mesmo o
gabinete avariado por conta disso, aumentando o prejuízo. Muito comum em
celulares que não tem bateria removível. Troque a bateria ao notar os primeiros
sinais de aquecimento anormal ou queda no desempenho.
6 – Não carregue uma bateria de lítio parcialmente a menos que vc pretenda guarda-la sem uso por mais de 30 dias (Nesse caso é recomendável carregá-las com apenas 40% da capacidade total, a cada 60 dias) . Apesar
de não terem efeito memória como as baterias antigas cada ciclo de carga, mesmo incompleto conta
para a vida útil dela. Não deixe a bateria se descarregar até o final. Se for
possível quando o equipamento indicar menos de meia hora de carga ou o medidor
estiver na última barra, troque a bateria. Isso evita que ela se aqueça ao
final da carga útil e também menos aquecimento ao ser recarregada.
7 – Os carregadores de quase todas as câmeras, filmadoras,
celulares e principalmente notebooks tem um circuito que corta a carga assim
que a bateria está completa. Alguns passam automaticamente a usarem a energia
do carregador (notebooks) quando a bateria está totalmente carregada e só usam
a bateria quando desligados da rede elétrica. Usar notebooks e celulares fora
do carregador/adaptador de corrente significa carregar e descarregar mais a
bateria, diminuindo o tempo para troca e sua vida útil.
8 – Apesar de teoricamente poderem ser reparadas, as
baterias de câmeras DSLR, filmadoras e notebooks tem componentes internos
frágeis e sem peças de reposição. A abertura dessas baterias geralmente
danifica componentes interno delicados como sensores de temperatura, isolamento
externo das células e aplaca controladora de carga. Mesmo que a célula
defeituosa possa ser substituída, pois é facilmente encontrada, conforme
expliquei nesse artigo, a remontagem não ficará perfeita e pode comprometer a
segurança.
9 – No caso de notebooks já existem compradores para as
baterias usadas, pois como falei, diversas células de lítio ainda estão
perfeitas e muitos hobbystas usam essas células para construir novas baterias
para modelos radio controlados e bicicletas elétricas. Então ao invés de
descartar no lixo comum, o que é terminantemente proibido, tente vende-las a
que vai reciclar uma parte delas.
10 – Hoje existem diversos equipamentos que usam o modelo
18650 de íons de lítio (baterias cilíndricas) como lanternas táticas e
equipamentos médicos. Ao comprar baterias de reposição escolha marcas
confiáveis. Hoje existem quatro fabricantes de baterias no mundo: Tesla, LG,
Samsung e Sanyo. O restante ou são piratas inescrupulosos ou fabricantes que
usam baterias das marcas citadas de menor capacidade ou que foram rejeitadas no
controle de qualidade. Fuja delas!
Finalmente lembre-se: não existe milagre no ramo de
baterias. O custo no Brasil para baterias de lítio está em cerca de R$ 100 por
cada 1000mAh (1Ah) e portanto uma bateria de 6000mAh não custará menos que R$
600,00. O que tem encarecido essas
baterias é o frete. Hoje há severas restrições ao transporte aéreo de baterias
de lítio como carga. E para passageiros também. A maior parte de transporte
entre as fábricas e os revendedores é feita por navios em containers especiais.
O que aumenta o custo e o prazo de entrega. Isso se reflete no preço final ao
consumidor.
No próximo artigo vou falar das baterias proprietárias e do
jogo desleal de fabricantes de equipamentos que incluem nas baterias chips
codificadores que impedem o uso de baterias de outras marcas em seus
equipamentos (evidentemente há também o padrão de contatos e desenho externo da
bateria) que poderia diminuir os custos para o usuário profissional desses
equipamentos.
Grande abraço!
Não ví menção às baterias 18650 conhecidas como high drain, 3,6 v e alta amperagem- elas podem ser utilizadas em rádios portáteis?
ResponderExcluirTeoricamemente podem, já que apmeragem não queima aparelho. O que queima é voltagem acima da permitida.
ExcluirBom dia desmontei o pack da Bike para avaliar as células 18650, sendo que ao colocar no Liitokala, a voltagem em full chega em 4.2, sendo que a amperagem é baixa chegando a 300 a 700 Mah. É normal isso? Já que a amperagem dessa células é superior. Obrigado
ResponderExcluirSim. Toda bateria de lítio tem um cliclo de vida útil de carg e descarga. Geralmente não passa de 500 ciclos para a maioria delas. Exceto essas novas baterias de carros elétricos. No final da vida útil elas vão perdendo capacidade de carga (amperagem) apesar da voltagem permanecer igual.
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