O colega Marcelo Souto, de Montes Claros,
Minas Gerais, me escreveu com a seguinte dúvida:
Olá
Marcelo...conheci agora os seus videos e me tiraram muitas dúvidas em relação
as camera digitais...parabéns...mas tenho uma dúvida em relação a hpx-170 vs
hpx-250, ambas p2, lançamento recente da panasonic. Será que você poderia fazer
um video ou fornecer uma breve comparação entre essas duas cameras...se
realmente a hpx-250 substitui a contento a 170, a qualidade do video da 250 é
melhor que 170, lógico dependendo da variação ou é mesma coisa, recursos??? Se
puder fazer um quadro comparativo seria de grande utilidade como nos videos que
você falou sobre cameras e mercados...ok? Sei que tem aquela diferença
intra-100 da 250 poderia falar um pouco sobre isso?
Qual
seria melhor adquirir uma 170 que o preço está bem acessivel, pelo fato de ser
ccd, ficaria ultrapassada em pouco tempo....
ou ma
250 cmos embora bem mais cara, mas que tem um ganho de luz melhor...e
praticamente os mesmos recursos ???? Dúvidas.
Obrigado.
Att
Abraços
Marcelo
Souto
Montes
Claros/MG
Como o assunto é de interesse geral e o
colega não conseguiu postar sua pergunta como comentário, respondo a ele como
um novo post para podermos compartilhar com todos os leitores a resposta. Vamos
lá.
A HPX250PJ é bem superior (e bem mais cara)
quando comparada a sua irmã HPX170PJ,
custando quase o dobro do preço. As duas usam cartão P2, caro e difícil
de encontrar. A HPX170 por usar CCD está, a meu ver, ultrapassada. A HPX170 usa a compressão DVCPro HD (até
100Mb/s) e DVCPro50 (até 50 Mb/s), já
HPX250 usa tanto a compressão DVCPro HD e DVCPro50 bem como AVCIntra100 e
AVCIntra50. A desvantagem do DVCProHD é a compressão de aproximadamente 8.6:1,
que resulta em arquivos maiores que o AVCIntra, porém mais fáceis de serem
lidos em computadores mais lentos. Outra desvantagem do DVCPro HD é a limitação
de 1280 x 1080 linhas em HD, que depois são "esticadas” para 1920 x 1080 na
exibição em equipamentos HD, causando ligeira perda de qualidade.
Já
no caso da HPX250 o usuário tem a opção de usar o codec AVCIntra100, que
requer a metade do espaço de armazenamento (para um mesmo tempo de gravação)
que seu antecessor o DVCPro HD. Outra vantagem é a taxa de compressão de cor de
4:2:2 contra 4:2:0 do DVCProHD e o frame que não precisa ser redimensionado,
sendo gravado em 1920 x 1080 reais, preservando assim mais qualidade de imagem.
A grande questão é a seguinte: se for para
escolher entre HPX250 ou HPX170, eu não teria dúvidas de gastar quase o dobro e comprar a HPX250, afinal
trata-se da sucessória da lendária HVX200, que marcou época no lançamento do
vídeo de alta definição e no uso de câmeras de vídeo para cinema.
Mas em termos de futuro, as duas estão,
infelizmente, condenadas. A tendência forte atual são as câmeras de grande
sensor. Lembrem-se que tanto a HPX250 como a HPX170 usam sensores de ⅓"
enquanto a nova AG-AF100 da Panasonic usa um sensor CMOS de 4/3 de polegada, ou
seja, mais que o dobro de tamanho em termos de área de captura de imagem e luz,
proporcionando ainda menos fator de crop de imagem e maior profundidade de
campo.
Outra vantagem da AG-AF100 é usar lentes
intercambiáveis, tanto de qualquer máquina fotográfica de 35mm, quanto até lentes
Prime para cinema (com uso de adaptador) que proporciona ao diretor de
fotografia uma infinidade de recursos e modos criativos de captura.
Quanto ao preço, uma HPX250 está custando
cerca de US$ 5.995,00, enquanto a AG-AF100, bem mais moderna e profissional,
está custando US$ 4.995,00 sem lentes. E com a diferença de US$ 1.000,00 de uma
para outra dá para comprar, pelo menos duas lentes da linha Panasonic Lumix 4/3
para começar a brincar.
Sendo assim, na minha opinião e escolha, se
eu dispusesse de US$ 5 mil, compraria uma AG-AF100. Nessa faixa de preço temos
ainda a opção da Sony NEXF100 e a nova NEXF700, que será lançada em junho, por
cerca de US$ 8 mil. Mas na verdade, agora não é hora de comprar nada. Dia 15
começa a NAB 2012 em Las Vegas, onde os fabricantes irão apresentar novidades e
com isso determinar ao mercado tendências para os próximos dois anos. Vale a
pena esperar um pouco e ver o que os fabricantes irão lançar e para onde mercado
seguirá.
Grande abraço a todos!
Marcelo Ruiz
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