Para
o lançamento da GH5 a PANASONIC reservou algumas surpresas. Existem ainda os gadgets
opcionais , mas eles estão mais baratos e destinados ao que um acessório
precisa ser: facilitador da vida do cinegrafista. O áudio ganhou um adaptador dedicado
com entradas e controles profissionais, conectores XLR e controles de ganho. Funciona acoplado a sapata do flash. Na parte
superior deste é oferecida uma sapata de flash adicional. Outro assessório, que
já era oferecido para a GH4 e GH3, é o
tradicional grip com capacidade para duas baterias. Estando os dois acoplados
na câmera, seu peso e volume são menores que o tijolão anterior. O preço também
ficou bem mais leve. Cerca de US$ 350 para o adaptador de áudio e US$ 280 pelo
grip de baterias.
Em
se tratando de funcionalidades, a GH5 conta agora - e pela primeira vez em uma
DSLR - com captação de vídeo
no formato DCI sem crop @ 4K com boa compressão
4:2:2 10-Bit em 4K até trinta frames por segundo. Outras funções melhoradas ou
incorporadas em relação ao modelo anterior são:- Novo sensor de 20.3MP Digital Live MOS sem filtro lowpass e
um novo processador de imagens Venus Engine que, segundo a fabricante,
produz a melhor imagem em uma câmera Lumix até o momento, melhorando a
nitidez e os detalhes em diversas condições de iluminação e reduzindo o
ruído. A sensibilidade máxima continua a mesma: ISO 25600. Vamos esperar
para ver se o novo sensor consegue aproveitar toda essa sensibilidade na
pratica, fornecendo imagens sem tanto ruído.
- Reforçando seu nicho de
mercado na área de DSLR vídeo, a Panasonic melhorou o que já era bom.
Agora o formato UHD 4K posse captado em até 60 fps facilitando a vida de
quem usa e quer slowmotion perfeito. Junto com a captação em compressão
4:2:2 @a 10 bits que vai até a resolução DCI (se você não conhece esse
formato acompanhe meu próximo post aqui no blog) em 24 ou 30 frames por
segundo.
- Finalmente ficaremos livres
dos micro e minis conectores HDMI: a GH5 usa saída HDMI padrão, com saída
de vídeo limpa, timecode integrado e com a mesma qualidade da gravação
interna.
- As taxas de gravação de
dados também aumentaram, prometendo imagens com mais detalhes e livres de
artefatos de compressão. São impressionantes 400Mbps em DCI 4K @ 23.98 fps
4:2:2 gravados internamente nos novos slots para cartão de memória UHS-II
U3. Se for utilizado o formato DCI 4K @ 48 fps em 8 bits 4:2:0 a taxa será
de 150Mbps. Para o formato UHD 4K em 24, 25 e 30 fps, a GH5 oferece
gravação ALL-Intra MJPEG a 400Kbps simultaneamente no cartão e na saída
HDMI em 10 bits. Para o formato Full HD os felizes proprietários poderão
captar imagens em impressionantes 180 fps internamente. O dobro de sua
antecessora. Para gravações em 59,94/29,97/23,98 fps as imagens podem ser
gravadas internamente em 4:2:2 10 bits até a taxa de 200 Mbps. Me acordem
que estou sonhando!
- Há ainda um modo chamado 6K
Photo que é basicamente um vídeo 6K no formato 4:3 de onde são retirados
frames com 18 MP. Boa novidade para quem gosta de captar cenas de ação.
- Para completar o sonho a
GH5 oferece ainda o modo anamórfico de captura, para uso das lentes
homônimas, espremendo a imagem no formato 4:3 em 3328x2496 pixels. Também em 10 bits
4:2:2 400Mbps ALL-Intra em 24,25 e 30P.
- A Panasonic segue no
conceito de sistema expansível onde serão oferecidos opcionalmente novas
funcionalidades. Caso do upgrade para V-Log L Estão presentes os modos
CINELIKE V e CINELIKE D e LUT interno para facilitar a visualização de cor
e contraste finais durante a captura, já que os formatos de gravação
avançada tem saturação, contraste e detalhes diferentes da imagem final,
que será obtida na gradação de pós-produção.
- Entre as demais miçangas
temos gravação em 4K sem crop de sensor, 12fps de burst rate, sistema de 5
eixos interno de estabilização de imagem – que vai facilitar a vida de
quem usa lentes mecânicas sem AF – que combinado com lentes AF promentem,
segundo a fabricante, um ganho de até 5 f stops em imagens sem tremor.
- Estão presentes dois slots
para cartão UHS-II SD, Conectividade Wi-Fi e Bluetooh e os visores ocular
e LCD contam coma tecnologia OLED e mais definição.
Tudo
isso posto, trata-se de um farto banquete onde os felizes primeiros
proprietários da LUMIX GH5 vão se deparar com um equipamento que incorpora anos
de desejos e pedidos aos fabricantes. Coisas complexas e outras simples, mas
que facilitarão demais a vida do profissional de vídeo. E levarão a captura de
filmes em DSLR a um novo patamar.
Entendam
agora porque eu comecei esse post sobre as primeiras informações da GH5 com tão
longa introdução. Tem sido dito por alguns gurus do mercado de fotografia que o
formato DSLR Full Frame talvez tenha chegado no ponto de saturação e
estagnação. Mais megapixels não são necessários. Inclusive se chegou a um patamar
onde o foco e a estabilização de imagem estão além do olho e da mão do fotografo.
Imagens com tanta definição que não perdoam erros de focagem e trepidações micrométricas.
Ao
contrário, os formatos de câmeras compactas destinadas ao uso profissional,
como o Micro 4/3 e o APS-C tem recebido bastante atenção de fotógrafos,
cinegrafistas, fabricantes de lentes e acessórios. E logicamente com o entusiasmo
dos fabricantes que vêm nesse nicho vários anos ainda de aperfeiçoamentos e inovações.
Então vale a pena ficar antenado no mercado, acompanhar as tendências e dar uma
meia trava no freio dos investimentos em lentes e equipamentos Full Frame. A
não ser, é claro, que sua especialidade seja a fotografia pura. Nessa seara, as
boas e confiáveis Canon e Nikon top de linha continuam sentadas no trono com
tranquilidade. Afinal, como disse no princípio é tudo uma questão de especialização
e segmentação do mercado.
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Marcelo Ruiz
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