Existe um equipamento
que anda desaparecendo da bolsa dos novos fotógrafos: o bom e velho fotômetro.
Com o surgimento das câmeras digitais – e mesmo antes, com as câmeras de filme
fotográfico digitalizadas – a qualidade da medição in câmera melhorou bastante. Mas será que em todas as situações ou
em casos específicos a fotometria
interna das câmeras dá conta do recado?
Eu ainda vou investigar
mais a fundo esse assunto. Mas por enquanto posse adiantar o resultado obtido
por acaso enquanto estava fazendo uma foto para um artigo
aqui do blog. Na maioria das fotos que produzo com tempo adequado para o
trabalho, eu gosto de usar um fotômetro. Muitas vezes nem me dou ao trabalho de
conferir as medições com a fotometria interna da câmera.
Mas dessa vez ao bater
uma foto acidentalmente com a câmera no modo totalmente automático, outro recurso
que quase nunca uso, notei uma grande diferença de exposição em relação a mesma
cena captada com as medições manuais e usando meu fotômetro externo. Na imagem
abaixo está a cena em modo totalmente automático. A câmera é uma 5D MK II, com
uma lente Zeiss 135 mm, abertura f 1:2, velocidade 1/30s, ISO 100, withe
balance 3600ºK.
Na fotometria interna
da câmera o exposímetro estava cravado no meio. Ou seja, não havia aviso de subexposição.
Mas ao fazer a foto oficial usando a mesma abertura (para diminuir a
profundidade de campo) e o mesmo ISO (baixo, para evitar granulação nos
pretos), o meu velho Sekonic me indicou uma velocidade de 1/8s. Ou 400% mais
lenta. E como podemos ver no resultado abaixo, sem retoques ou Photoshop, a
exposição dessa vez ficou correta.
Depois da invenção das
telas de LCD nas câmeras, muitos fotógrafos se acostumaram a não olhar mais
para o viewfinder ótico, no caso das DSLR. Realmente, em situações de pouca
luz, as vezes fica difícil de avaliar o foco e o recurso de zoom do LCD é um
grande auxiliar. Acontece que para melhorar a visibilidade, principalmente à
luz do dia, alguns acabam aumentando a luminosidade da tela de LCD. Nessa
situação, principalmente em locais escuros, a imagem pode parecer ótima no
visor, mas ao transferir para o computador, para os ajustes e correções,
descobrimos que ficaram sub-expostas e nem sempre é possível corrigir no
Photoshop.
Em câmeras DSLR com
visor prismático em situações com luz excessiva ou pouca luz, será impossível avaliar
a correta exposição pela imagem observada. Temos que confiar no fotômetro da
câmera ou usar um fotômetro externo. Nas digitais sem visor prismático, como as
câmeras Micro Four Thirds, quando está presente um visor ocular, ele é
meramente uma micro tela de LCD e também induz aos mesmos erros em situações
extremas de luz. Por isso, devemos conhecer a sensibilidade e a confiabilidade
do sensor interno de nossos equipamentos e mesmo usando o modo totalmente
automático, é prudente fazer uma correção usando o modo bracketing para mais ou menos alguns pontos de f-stop.
Grande abraço!
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Marcelo Ruiz
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